por Fernando_Pinheiro em Seg 07 Dez 2015, 17:20
Não sou perito no assunto, mas estudei um pouco de hebraico e grego em determinados assuntos e esse “tópico” passava raspando em minhas pesquisas..., tentando-me a parar no assunto...
Enfim, quero trazer dois pontos a serem considerados:
Não há como falar disso sem definir ou assumir uma postura entre tricotomia e dicotomia (e quem sabe até o monismo). Esse é um ponto! (e que ponto!)
O segundo é a questão cultural que é deixada (às vezes) além periferia!
Sei é que a tendência Hebraica (me refiro ao VT) é não enfatizar, com clareza, a questão de um mundo espiritual, ou seja, não vejo com distinção DOUTRINÁRIA tal separação entre mundo físico e mundo espiritual (não estou dizendo que não exista). O que, na verdade, é algo tão exposto no NT. (até o conceito de “diabo” ou “satanás”, possui relativos no VT, o que não ocorre, (ao menos com frequência) no NT.
Pensando no fato de as Escrituras serem (também) humanas, o Velho Testamento foi escrito por diversos homens de épocas diferentes que cresceram em uma cultura que sofreu mudanças com o tempo (talvez isso explique a sua diversidade de linguagem).
A começar por Moisés que era, além de hebreu, EGÍPCIO DE NASCIMENTO. Cresceu no Egito e era versado em toda sua cultura e ciência.
Sejamos honestos, apesar de existir um poder de conversão, uma cosmovisão não pode ser substituída assim de uma hora para outra.
Basta avaliar o cristianismo que vivemos sob a perspectiva do capitalismo. Tudo a ver! Porque? Simples, é o pano de fundo de nossa cultura e nossas explanações vão trazer rastros disso!
Enfim, o que quero dizer é que Moises e outros tiveram influência egípcia no seus escritos, como também os escritores exílicos e pós-exílicos das nações que possuíam contato. Isso é um fato social antropológico! Não há como negar.
O mesmo ocorre com o Novo testamento e as cartas de Paulo, por exemplo, é visto a grande influência do mundo greco-romano no fundo, amparando seus escritos.
Imagine alguns autores do NT, dizendo, o que disseram em suas obras, para Moises, por exemplo sobre um fogo que não se queima e o verme nunca morre! Ou pior, sobre a existência de um antagonista chamado “diabo” que se opunha a tudo o que é de Deus!
obs.: não estou discutindo aqui a inspiração divina ou não da Bíblia, mas fatores culturais que precisam ser levados em consideração na interpretação dos textos trazido aqui.
Lehitraót!